Nossa Equipe

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Radiologista

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Dr. Marcelo Bellon
Pneumologista

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Cirurgã Torácica

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Anestesiologista

5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar
Um dos mais renomados eventos de Hipertensão Pulmonar em toda a América Latina, realizado nos dias 21 e 22 de outubro de 2022.

Pesquisa em pauta: qual o cenário dos estudos científicos no Brasil
Na manhã desta sexta-feira (21), iniciou o 5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar, realizado em Gramado, na Serra Gaúcha. A abertura foi realizada pela Dra. Roberta Almeida, Chefe da Unidade de Pesquisa Santa Casa, de Porto Alegre, que subiu ao palco para dividir um panorama sobre a pesquisa científica no Brasil. Segundo ela, o evento tem grande importância para dialogar com os profissionais de saúde e fomentar os estudos clínicos: “Esse evento é um dos principais pilares para que a pesquisa clínica cresça no Brasil”.

A importância da pesquisa clínica para a ciência.
Na sequência, Roberta chamou ao palco o Dr. Luis Henrique Canani, Médico Endocrinologista com ampla experiência no desenvolvimento e condução de pesquisa clínica desde 2002, para a palestra “A importância da Pesquisa Clínica para a Ciência”. Ao longo da sua exposição, Canani trouxe suas experiências no campo, como o uso de glifozinas, inibidores da SGLT2, para o controle da diabetes em pacientes com evento cardiovascular prévio.
O Chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) explicou que esse tratamento diminui, inclusive, os problemas renais e cardiovasculares dos pacientes. “Para surpresa de vocês, tivemos tratamentos interrompidos antes, visto os benefícios trazidos por essas drogas”, comenta. Esses remédios, que tinham o uso exclusivo dos endocrinologistas, se tornaram medicamentos prescritos pelos médicos cardiologistas e nefrologistas. Quanto ao futuro, Canani cita novos fármacos que podem auxiliar até mesmo no tratamento do Alzheimer, que ainda estão sendo estudados nos laboratórios. Para o médico, a pesquisa clínica tem papel primordial para o desenvolvimento desses tratamentos.

Uma vivência particular na pesquisa com apoio da indústria farmacêutica.
Para trazer a experiência do médico no campo da pesquisa clínica, a Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e bolsista de Produtividade em Pesquisa pelo CNPq, Dra. Cristiane Bauermann Leitão, relatou a sua vivência na pesquisa com patrocínio da indústria farmacêutica.
Segundo a Médica Endocrinologista, essa área da medicina tem inúmeros benefícios, como a possibilidade de auxiliar a população com a inovação médica, conhecer novos lugares, participar em eventos e congressos, conhecendo pesquisadores. Entretanto, também existem as dificuldades, como as amarras trazidas pelas burocracias do protocolo.

Um histórico de HP: presente e futuro
Na palestra “Pesquisa Clínica na HP: presente e futuro”, realizada na manhã da sexta-feira, no 5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar, o Dr. Marcelo Basso Gazzana, preceptor da residência em pneumologia do Serviço de Pneumologia do do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, trouxe aos participantes do evento um histórico do tratamento da Hipertensão Pulmonar.
Conforme Gazzana, que também é chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, o Brasil tem cada vez mais participado dos estudos, principalmente em função dos encontros médicos. No ano passado, por exemplo, o país publicou mais de dois mil estudos, quando antes de 2010, os registros trazem cerca de 400 publicações, com limitações dos estudos, com pequeno tamanho amostral e grupos heterogêneos. “Dessa forma, a gente não conseguia prever mortalidade e os gestores nos cobram isso”, comenta.
Na última década, entretanto, com a terapia combinada, os desfechos das pesquisas são diferentes, com previsão da mortalidade, mesmo com a dificuldade em trazer essa informação. Segundo o Gazzana, entre as adversidades ainda existentes está a definição de deterioração clínica que, segundo o médico, é diferente entre os estudos.
No cenário atual, o médico cita a Covid-19 como impactante aos estudos. Entre as consequências está o fato de os pacientes não voltarem aos hospitais para fazer os exames e, dessa forma, há a ausência de registros em alguns períodos dos tratamentos. Além disso, Gazzana explicou uma mudança na avaliação do paciente. Os testes de caminhada, por exemplo, estão ficando no passado, pois as respostas da eficiência dos tratamentos são avaliadas a partir dos exames clínicos. “A gente precisa continuar tendo os registros, que são importantes para conhecer a nossa realidade e saber se podemos aplicar, além de gerar conhecimento”, finaliza Gazzana.

Abertura oficial do 5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar
Depois de uma manhã marcada por workshops e relatos de pesquisa, ocorreu a abertura oficial do 5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar, realizado em Gramado, na Serra Gaúcha, com a Dra. Gisela Martina Bohns Meyer, presidente do evento, saudou os médicos congressistas e desejou um excelente evento a todos: “É sempre muito bom discutir a Hipertensão Pulmonar entre amigos. Sintam-se acolhidos”.
Questionando quais são as dificuldades e os desafios no dia a dia, Dra. Gisela apresentou um vídeo sobre a rotina dos médicos que tratam e pesquisam a Hipertensão Pulmonar. Com relatos de profissionais de todo o Brasil, foram citados problemas desde a demora para a marcação de exames, como o ecocardiograma, até a falta de insumos para a realização de outras análises complementares. Nesse espírito voltado às questões que desafiam os profissionais de saúde no cotidiano, a Dra. Gisela convidou todos para que, juntos, busquem soluções para os problemas existentes no tratamento da Hipertensão Pulmonar.

Manejo do paciente com HP Brasil afora
Para mostrar quem está do outro lado, também foi exibido um vídeo com os pacientes, de crianças até idosos, que portam a doença crônica. Realizada pela Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF), a narrativa demonstra esperança na medicina, na evolução do tratamento e na ciência. Após a exibição, Flávia Lima, presidente da Associação, subiu ao placo para falar da atuação da ABRAF: “Nosso lema é com eles, por eles, para eles. Eles são a razão da gente estar aqui”.

Conferência Internacional e casos clínicos - Estratificação de Risco na HAP
“O que queremos fazer com as ferramentas de estratificação de risco?
Com esse questionamento, Dr. Olivier Sitbon, Professor de Medicina Respiratória, Universidade Paris-Saclay e Diretor Médico do Departamento de Medicina Respiratória e Terapia Intensiva, do Hospital Universitário De Bicêtre, iniciou sua palestra, após uma breve fala da comissão organizadora e de apoio do evento sobre o Estado da Arte da Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).
Compostas por Dra. Gisela Martina Bohns Meyer, Dra. Fernanda Brum Spilimbergo, Dr. Marcelo Bellon dos Santos, Dra. Daniela Cavalet Blanco, Dr. Marcelo Basso Gazzana, Dra. Glaucia Maria Barbieri e Dr. Roger Pirath Rodrigues, as comissões trouxeram dados sobre o cenário atual do tratamento da doença, explicando a HAP, os exames de diagnóstico e os procedimentos que podem ser realizados em busca da diminuição dos sintomas.
Sendo considerada uma das palestras mais esperadas do 5º Simpósio Internacional de Hipertensão Pulmonar, Sitbon lotou o auditório do Wish Serrano na tarde de sexta-feira. Os olhares do público estavam atentos ao também Consultor do Centro de Referência Francês para Hipertensão Pulmonar, que apresentou metodologias e resultados conquistados no tratamento da Hipertensão Pulmonar e da Hipertensão Arterial Pulmonar.
Durante a palestra, as variáveis de estratificação de risco foram apresentadas ao público, que questionou a motivação de dividi-la em quatro partes, pois o que se deseja é que o paciente esteja com sintomas de baixo risco. Sitbon explica que essa divisão é necessária para entender o tipo de tratamento, mesmo que seja o mesmo para pacientes que estão em diferentes estratificações. Finalizando seu momento de fala, Sitbon conquistou a plateia arranhando no português: “Obrigado pela sua atenção”.

Casos clínicos
Seguinte à palestra do médico francês, Dr. Ricardo de Amorim Corrêa e Dr. Marcelo Basso Gazzana subiram ao palco para a Sessão Interativa de Casos Clínicos - Estratificação de Risco na Hipertensão Arterial Pulmonar, coordenada pelo Dr. Frederico Thadeu de Assis Figueiredo Campos, quando as situações médicas de pacientes foram discutidas e avaliadas no coletivo do evento.

Discussão Interativa- Novas diretrizes ESC/ERS 2022: avaliação crítica e aplicabilidade
No final da tarde de sexta-feira (21), aconteceu a discussão interativa sobre as novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e da Sociedade Respiratória Europeia (ERS). O Médico Pneumologista e Chefe da Unidade de Circulação Pulmonar da Divisão de Pneumologia do INCOR, de São Paulo, Dr. Rogério de Souza, realizou uma avaliação crítica e aplicabilidade das evidências disponíveis.
Essas mudanças nas diretrizes têm como objetivo auxiliar os profissionais de saúde na proposição das melhores estratégias de manejo para um paciente individual com uma determinada condição. “Quando estou vendo uma situação única, tenho que entender se a orientação descrita de fato englobou o paciente que está na frente”, explica Souza.
Rogério, que também é Chair do Comitê de Circulação Pulmonar da ERS, explica que essas recomendações podem facilitar a tomada de decisões dos médicos na prática diária. Entretanto, ainda não há dados para recomendar determinados tipos de tratamento e as decisões devem considerar o que é mais adequado para a circunstância.
Além de mudar a definição de Hipertensão Pulmonar, as novidades das diretrizes mudam as classificações dos pacientes, levando em consideração, inclusive, onde moram, pois conforme a altitude, difere a prevalência da hipertensão. Os conceitos das condições gerais também sofreram alterações, como a de coagulação entre pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar Idiopática (IPAH) e Rituximabe para o Tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar Associada à Esclerose Sistêmica (ES-PAH).
Para seguir a discussão das novas diretrizes, Dr. Olivier Sitbon, Professor de Medicina Respiratória da Universidade Paris-Saclay e Diretor Médico do Departamento de Medicina Respiratória e Terapia Intensiva, do Hospital Universitário De Bicêtre, abordou as avaliações de riscos e estratégias de tratamento para pessoas portadoras de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) com diversas condições de saúde.
O médico francês trouxe um histórico sobre o tratamento, apresentando ao público o algoritmo do procedimento para pacientes com determinadas condições médicas, como com comorbidades e usuários de drogas.

Discussão Interativa- Novas diretrizes ESC/ERS 2022: avaliação crítica e aplicabilidade
Para seguir a discussão das novas diretrizes, Dr. Olivier Sitbon, Professor de Medicina Respiratória da Universidade Paris-Saclay e Diretor Médico do Departamento de Medicina Respiratória e Terapia Intensiva, do Hospital Universitário De Bicêtre, abordou as avaliações de riscos e estratégias de tratamento para pessoas portadoras de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) com diversas condições de saúde.
O médico francês trouxe um histórico sobre o tratamento, apresentando ao público o algoritmo do procedimento para pacientes com determinadas condições médicas, como com comorbidades e usuários de drogas.